Obstetra alerta sobre a importância das vacinas durante a gestação

Colocar o calendário vacinal em dia é uma tarefa fundamental durante a gestação ou até mesmo antes da gravidez, já que está medida auxilia na prevenção de vários tipos de doenças e estimula a produção de anticorpos na mãe, que naturalmente passa ao bebê. Por isso, a ginecologista e obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler explica melhor o assunto.

– Febre Amarela – Devido aos recentes casos de morte por causa da doença em alguns estados do Brasil, tomar ou não esta vacina é uma questão que deve ser avaliada junto ao médico obstetra, sobretudo, para as gestantes que moram nas regiões mais atingidas pela enfermidade.

– Influenza (gripe) – Auxilia na prevenção contra o vírus da gripe e também de quadros mais graves, como internações por bronquite e pneumonias. Logo, todas as futuras mamães precisam tomar a vacina sem medo, já que a sua aplicação é segura em qualquer período da gestação.

– Tríplice Bacteriana (dTpa-Difteria, Tétano e Coqueluche) – Além de prevenir contra o tétano neonatal, essa vacina é fundamental para proteção da coqueluche, doença que pode se manifestar com quadros graves no bebê. Ela deve ser tomada a partir da vigésima semana de gestação e, excepcionalmente, no pós-parto, por aquelas mulheres que não se vacinaram na gravidez.

– Hepatite B: é uma enfermidade altamente contagiosa e o risco de infecção crônica é mais alto quando a contaminação da criança ocorre no período perinatal. Por isso, todas as futuras mamães que não foram vacinadas ou não completaram o esquema de três doses, precisam se vacinar. Essa vacina ajuda a prevenir a infecção materna e, assim, evitar a transmissão ao feto.

Vale lembrar que vacinação não é a única medida para garantir a prevenção de doenças durante os nove meses. Além do acompanhamento pelo obstetra, é muito importante que a futura mamãe aposte em uma alimentação balanceada e faça atividades físicas.

Vacinação infantil

Após o nascimento do bebê é de responsabilidade dos pais e responsáveis manter a carteira de vacinação do pequeno atualizada. Segundo o Ministério da Saúde, o recém-nascido deve receber, nas primeiras horas de vida, a vacina contra a hepatite B e a vacina contra a tuberculose (BCG). Enquanto as demais precisam ser tomadas de acordo com o Calendário Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. https://goo.gl/7kVhKi

A especialista alerta sobre a importância de não levar em consideração informações de fontes não confiáveis recebidas por mensagens de celular e em posts de redes sociais e até por grupos contrários à vacinação. Em caso de dúvida, o ideal é sempre procurar a opinião de um especialista, já que ele é a pessoa mais indicada para responder as questões e ajudar no bem-estar de toda família.

Ginecologista explica a enxaqueca catamenial

Dor pulsátil em um dos lados da cabeça (às vezes dos dois), geralmente acompanhada de tontura e sensibilidade à luz e ao som são sintomas comuns para quem sofre frequentemente de enxaqueca catamenial. O problema, que afeta as mulheres entre os dois dias que antecedem a menstruação até último dia, pode ser acompanhada de cólicas menstruais, retenção de líquido, cansaço e oscilações do humor.

“A predisposição nas mulheres acontece devido à oscilação dos hormônios estrogênio e progesterona no sangue que ocorrem na última fase do ciclo menstrual. A queda abrupta do estrogênio, a diminuição de um neurotransmissor chamado serotonina estão entre as causas principais da enxaqueca menstrual. Por essa ligação com o ciclo reprodutivo, a enxaqueca catamenial tende a piorar no período pré-menstrual e no primeiro trimestre da gravidez. E melhora, em alguns casos, após a menopausa.

Infelizmente nem as mulheres que fazem uso de pílulas anticoncepcionais estão livres de sofrer com o problema, já que o momento em que é feita a pausa do remédio também favorece a queda do estrogênio. Logo, pacientes que sofrem com enxaqueca catamenial devem consultar o seu médico para encontrar o melhor tratamento para o seu caso. “Normalmente, recomenda-se desde o uso das pílulas contraceptivas sem pausas, acupuntura, atividade física, sessões de massagem e relaxamento, alguns anti-inflamatórios analgésicos para amenizar os sintomas do problema. Importante reforçar que manter uma alimentação equilibrada e ter hábitos saudáveis também colaboram para o bem-estar da paciente.