Gravidez: exercícios físicos são aliados para uma boa saúde da mãe e do bebê

Praticar pelo menos 150 minutos de exercícios físicos leves ou moderados em dois ou mais dias por semana é uma recomendação da Organização Mundial Saúde (OMS) para os indivíduos que querem garantir mais qualidade de vida e bem-estar, e durante a gestação não é diferente, já que nessa fase o corpo também precisa de movimento para poder gerar uma vida com saúde.

A realização de algum tipo de atividade física acompanhada por um profissional e autorizada pelo médico durante a gravidez traz inúmeros benefícios para saúde da futura mamãe e seu bebê. “Melhora a respiração, afasta sintomas de depressão e ansiedade, evita a obesidade gestacional, diminui o inchaço, aumenta a disposição, entre outros”, explica a obstetra.

E de acordo com um estudo apresentado neste mês, no periódico Medicine & Science in Sports & Exercise, realizado com 71 gestantes saudáveis que tinham entre 18 e 35 anos, separadas por dois grupos: um que praticava exercícios aeróbicos e outro que não, e foi possível comprovar que praticar algum tipo de atividade física durante os 9 meses melhora o desenvolvimento neuromotor do bebê um mês após o nascimento, sendo possível que eles sejam mais adeptos ao movimento e, talvez, mais propensos a serem mais ativos. Esse tipo de confirmação é muito interessante, pois pode ser uma saída em meio a tantos casos de sedentarismo e obesidade ainda na infância.

Dito isto, confira abaixo algumas sugestões de exercícios que podem ser realizados nessa fase.

Hidroginástica – Este é um ótimo exercício para as gestantes, pois ele ajuda a aliviar o peso extra da gestação e, com a sua realização, é possível movimentar todos os músculos do seu corpo, inclusive o assoalho pélvico (órgãos da região baixa do abdômen que tem funções relacionadas aos sistemas reprodutor, urinário e digestivo), facilitando assim o trabalho de parto normal.

Caminhada – Este é um exercício de baixo impacto que pode ser realizado até dias antes do parto (caso, esteja tudo bem com a gestante), pois o movimento do quadril ao andar ajuda naturalmente a encaixar o bebê para o parto normal. Além disso, ele auxilia na circulação sanguínea e fortalece os músculos das pernas e do abdômen.

Pilates – A prática deste exercício é recomendada para melhorar a postura da gestante, evitando assim desconfortos na coluna por conta do peso do bebê, ajuda a mulher a respirar melhor e os movimentos de alongamento e relaxamento são aliados para controlar o estresse e até a insônia.

Em caso de dúvida sobre realizar ou não algum tipo de exercício físico, converse com seu obstetra que é o especialista mais indicado para esclarecer e tranquilizar sobre esse assunto.

 

Saúde na gestação: descubra seis mitos e verdades sobre o pré-natal

prénatal é uma palavra comum na vida da mulher que deseja ser mãe, já que ele é um conjunto de ações realizadas com acompanhamento do médico obstetra. Além de garantir a saúde da mãe e do bebê durante os nove meses de gestação, é fundamental também para prevenir diversas complicações que podem resultar em parto prematuro e até aborto. Entretanto, este tema pode gerar algumas dúvidas na cabeça das mulheres. Dito isto, confira a seguir os principais mitos e verdades sobre esse assunto.

Se consultar só com o obstetra na gestação já é suficiente. Mito! Devido às inúmeras mudanças que ocorrem no organismo da mulher nesta fase é importante que ela possa contar também com as orientações de um dermatologista, nutricionista, fisioterapeuta pélvico, psicólogo e outros.

prénatal só deve ser iniciado após o descobrimento da gravidez. Mito!
 Se possível ele deve começar três meses antes da concepção para que seja verificado como está a dosagem hormonal, se realize exames ginecológicos e comece a administração de ácido fólico para garantir a perfeita formação do bebê.

O médico pedirá uma série de exames nesta fase. Verdade! Para acompanhar o desenvolvimento e a saúde do bebê, o especialista vai solicitar exames que vão desde  hemograma, glicemia, grupo sanguíneo e fator Rh, anti HIV e sífilis, Toxoplasmose, Rubéola e Citomegalovírus, Hepatites e urina, além dos famosos ultrassons.

Fazer muitos ultrassons pode prejudicar a saúde do bebê. Mito! 
Neste caso utiliza-se ondas sonoras para produzir imagens visuais dinâmicas, que são extremamente seguras e não oferecem mal nenhum ao feto e são capazes de identificar 90% de malformações estruturais nele.

É necessário fazer um plano de parto com o obstetra. Verdade! O plano de parto é um documento garantido pela legislação brasileira e é feito em conjunto com o obstetra (ou pré-natalista nas Unidades Básicas de Saúde). Ele precisa ser assinado por ambos, médico e gestante, e nele a futura mamãe registra por escrito o que deseja em relação às etapas do trabalho de parto, aos procedimentos médicos do parto em si e aos cuidados com o recém-nascido no pós-parto.

É preciso manter o calendário vacinal atualizado na gestação. Verdade! 
Esta é uma tarefa fundamental durante a gestação, já que esta medida auxilia na prevenção de vários tipos de doenças e estimula a produção de anticorpos na mãe, que naturalmente passam ao bebê. Entre as mais importantes estão a DTPa (tríplice acelular), Hepatite B e Gripe. Além disso, é fundamental pesquisar se a gestante possui alguma insuficiência de vitaminas e minerais e fazer a reposição adequada.

Ficou com mais alguma dúvida? Converse com seu médico! Aproveite as suas consultas para tirar todas as suas dúvidas sobre as alterações que estão ocorrendo nesta fase para curtir com saúde e tranquilidade.

Seis atitudes para engravidar com saúde em 2019

Para algumas mulheres ser mãe é um dos momentos mais importantes em suas vidas. E para que esse momento seja de felicidade e saúde, é preciso garantir que tudo esteja em ordem e que a mulher esteja preparada antes de engravidar.

Pensando nisso, a ginecologista e obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler dá algumas dicas para você que pretende engravidar no próximo ano.

Visite seu ginecologista – Marque com o especialista de sua confiança uma consulta pré-concepcional para a realização de alguns exames sanguíneos e físicos, controle de peso, atualização da carteira de vacinação e iniciação de alguns medicamentos importantes para saúde da mãe e de seu bebê.

Cuidado com a alimentação – Aposte em uma alimentação que conte com cinco a seis refeições por dia e com consumo maior da quantidade de frutas e vegetais. Além disso, vale também incluir na alimentação fibras, grãos e cereais integrais. Esse tipo de dieta ajuda a estabilizar as funções hormonais e assim contribuem para que a mulher consiga ter um filho.

Abandone os maus hábitos – Para a mulher o hábito de fumar é capaz de reduzir a fertilidade em 25%. Além disso, ela pode apresentar maior incidência de irregularidade menstrual, amenorreia e até aceleramento da menopausa. Já o álcool compromete em 80% a capacidade de engravidar e aumenta o risco de aborto e interfere no desenvolvimento fetal.

Conheça o seu ciclo menstrual – Isso ajuda a identificar quais são os melhores dias para a concepção. “Geralmente, em um ciclo normal, que dura em torno de 28 dias, a ovulação costuma acontecer na metade do ciclo. Sendo assim, existe maior possibilidade de engravidar se o ato sexual ocorrer no período de dois a três dias antes do provável dia fértil”, explica a ginecologista.

Cuidado com as emoções – O estresse e a ansiedade podem alterar o ciclo menstrual e comprometer a ovulação. Por isso, a mulher deve tentar se manter tranquila e para isso pode apostar em atividades físicas, momentos de lazer e relaxamento.

Tenha paciência – Alguns casais podem demoram até um ano para conseguir engravidar. E apenas uma pequena parcela deles consegue conceber no primeiro mês de tentativas. Por esse motivo, seja paciente ao longo do processo.