7 Mitos e verdades sobre o pós- parto
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Durante a gestação todo cuidado é pouco, já que existem algumas doenças perigosas que podem colocar em risco a vida da futura mamãe e do seu bebê. Uma delas é a Síndrome de Hellp – complicação que, embora também ocorra isoladamente, é um agravamento do quadro de pré-eclâmpsia.
“A Síndrome tem um conjunto de indícios que podem ser facilmente confundidos apenas com a pré-eclâmpsia, devido aos sintomas serem muito parecidos, como aumento da pressão arterial, inchaço, cefaleia, náuseas e vômitos. Porém, ela possui um sinal característico que é uma dor perto da boca do estômago e as complicações podem ser bem mais graves se não for diagnosticada precocemente”, explica a obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler.
Estima-se que cerca de 8% das mulheres que já têm pré-eclâmpsia, podem desenvolver a Síndrome de Hellp. As gestantes com predisposição para desenvolver a doença são as que sofrem de lúpus ou diabetes, complicações crônicas dos rins e coração. A Síndrome reduz as funções hepáticas e o número de plaquetas no sangue, além da hemólise, que é a destruição dos glóbulos vermelhos no organismo.
“Essas alterações colocam em risco a vida da mãe, pois pode apresentar quadros de hemorragia, de edema agudo do pulmão, falência cardíaca, insuficiência renal e problemas no fígado. Já o feto pode sofrer complicações devido ao descolamento da placenta, prematuridade , e insuficiência respiratória e ainda o possível aparecimento da Deficiência de LCHAD, problema que pode prejudicar o seu desenvolvimento no futuro”, conta a obstetra.
A doença é diagnosticada por meio de exames clínicos laboratoriais e algumas alterações indicam a presença da Síndrome, tais como: alterações das enzimas hepáticas e queda na contagem das plaquetas. “O tratamento aconselhável dependerá da idade gestacional da mãe. Ele pode ser realizado com o uso de medicamentos, internação para acompanhamento pelo obstetra e controle dos sintomas e, em casos mais graves, a interrupção da gravidez, independente da fase gestacional”, explica Maria Elisa.
Atualmente, não se tem conhecimento de nenhum tratamento especifico que previna a doença, porém o diagnóstico precoce eleva as probabilidades de que mãe e bebê sobrevivam. “Se a gestante apresentar qualquer sinal da Síndrome de Hellp, deve-se procurar rapidamente seu médico para que ele realize o diagnóstico e tome as medidas necessárias para evitar que o caso evolua para um estado mais crítico”, finaliza a especialista.
Recentemente, foi anunciada pela Kensington Palace, residência oficial do casal, que a duquesa de Cambridge e esposa do príncipe William da Inglaterra, Kate Middleton, está grávida do seu terceiro filho. Foi divulgado que a futura mamãe precisou cancelar seus compromissos, pois está sofrendo de hiperêmese gravídica, uma situação em que a gestante sofre com vários episódios intensos de vômitos, náuseas ou tonturas que provocam desidratação, perda de peso e carência nutricional.
“No primeiro trimestre, a partir de cinco a seis semanas de gestação o quadro começa e, na maioria dos casos, dura em torno da 14ª a 16ª semanas. Em algumas exceções, as mulheres podem sofrer de hiperêmese gravídica a gestação toda. Ela tem forte relação etiológica com a elevação do BHCG, pode estar relacionada com a presença de corpo estranho (o feto agiria no organismo da mulher como um antígeno) ou uma terceira causa muito aceita: a psicogênica”, explica a obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler.
Para aliviar os sintomas durante a gestação, os medicamentos antieméticos são recomendados desde o primeiro trimestre. É orientado também que a grávida tenha uma alimentação mais leve e abuse de alimentos gelados, pois ele irrita menos a parede gástrica. Líquidos como água de coco e isotônicos também são indicados, pois são ricos em eletrólitos que ajudam a controlar a desidratação. Em casos mais severos, às vezes há a necessidade de internação.
Já para as mulheres que estão tentando engravidar, existem alguns cuidados para que não sofram ou diminuam os sintomas da hiperêmese gravídica. “Aconselhamos a fazer atividade física, tentar se afastar de situações estressantes. Fazer um bom planejamento da gestação. Manter-se sempre hidratada e quando estiver grávida não forçar alimentos que não esteja a fim de comer. Diminuir também o uso de perfumes e hidratantes, que podem estimulam a náusea. Por último, acupuntura, yoga e psicoterapia também ajudam a melhorar o quadro de hiperêmese gravídica”, finaliza a obstetra.
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