Seis atitudes para engravidar com saúde em 2019

Para algumas mulheres ser mãe é um dos momentos mais importantes em suas vidas. E para que esse momento seja de felicidade e saúde, é preciso garantir que tudo esteja em ordem e que a mulher esteja preparada antes de engravidar.

Pensando nisso, a ginecologista e obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler dá algumas dicas para você que pretende engravidar no próximo ano.

Visite seu ginecologista – Marque com o especialista de sua confiança uma consulta pré-concepcional para a realização de alguns exames sanguíneos e físicos, controle de peso, atualização da carteira de vacinação e iniciação de alguns medicamentos importantes para saúde da mãe e de seu bebê.

Cuidado com a alimentação – Aposte em uma alimentação que conte com cinco a seis refeições por dia e com consumo maior da quantidade de frutas e vegetais. Além disso, vale também incluir na alimentação fibras, grãos e cereais integrais. Esse tipo de dieta ajuda a estabilizar as funções hormonais e assim contribuem para que a mulher consiga ter um filho.

Abandone os maus hábitos – Para a mulher o hábito de fumar é capaz de reduzir a fertilidade em 25%. Além disso, ela pode apresentar maior incidência de irregularidade menstrual, amenorreia e até aceleramento da menopausa. Já o álcool compromete em 80% a capacidade de engravidar e aumenta o risco de aborto e interfere no desenvolvimento fetal.

Conheça o seu ciclo menstrual – Isso ajuda a identificar quais são os melhores dias para a concepção. “Geralmente, em um ciclo normal, que dura em torno de 28 dias, a ovulação costuma acontecer na metade do ciclo. Sendo assim, existe maior possibilidade de engravidar se o ato sexual ocorrer no período de dois a três dias antes do provável dia fértil”, explica a ginecologista.

Cuidado com as emoções – O estresse e a ansiedade podem alterar o ciclo menstrual e comprometer a ovulação. Por isso, a mulher deve tentar se manter tranquila e para isso pode apostar em atividades físicas, momentos de lazer e relaxamento.

Tenha paciência – Alguns casais podem demoram até um ano para conseguir engravidar. E apenas uma pequena parcela deles consegue conceber no primeiro mês de tentativas. Por esse motivo, seja paciente ao longo do processo.

Descubra como a TPM acontece e aprenda a amenizar os sintomas

A TPM ou Síndrome pré-menstrual é o período cíclico que precede a menstruação. Ela é caracterizada com um conjunto de sintomas físicos e emocionais causados por alterações hormonais que trazem desconfortos para a vida das mulheres.

Durante cada ciclo menstrual, o organismo feminino passa por importantes mudanças como a elevação do estrogênio e queda da progesterona. Além disso, como as células nervosas são afetadas pela produção dos hormônios femininos, há uma influência no aumento e queda mensal da produção de serotonina – hormônio que dá a sensação de bem-estar.

Cólicas, alterações de humor e retenção de líquido são alguns dos sintomas que podem surgir, porém eles dependem muito de mulher para mulher, e podem ser muito evidentes em algumas ou muito discretos em outras.

Pensando nisso, Maria Elisa listou algumas dicas sobre o que fazer o que evitar durante os dias que antecedem a menstruação, que podem ajudar a tornar este período menos turbulento:

Prática regular de exercícios físicos: Atividades físicas, como musculação e corrida, liberam endorfina que traz a sensação de bem-estar e prazer, relaxa e ajuda no funcionamento de intestino. Outra dica é realizar atividades de alongamento como yoga, que auxilia na normalização dos níveis de adrenalina e no controle da ansiedade.

Alimentação correta: Aposte em aveia, abacate ou banana. Esses alimentos são ricos em magnésio, nutriente capaz de realizar mais de 300 reações enzimáticas, que ajudam a relaxar o sistema nervoso e muscular. Outra vitamina que pode auxiliar durante este período, são os vegetais escuros, que possuem grandes níveis de cálcio, responsáveis por diminuir as crises de cólica.

Evitar o consumo bebidas alcoólicas: O álcool, assim como o chocolate, traz uma sensação de prazer imediata, no entanto, seu consumo acentua a retenção de líquidos, aumenta a irritabilidade e, além disso, alterar o ciclo do sono da mulher, gerando sonolência excessiva ou insônia.

Consumir carboidratos integrais: O alto teor de fibra presente em carboidratos integrais evita a prisão de ventre e alguns desconfortos gastrointestinais que se acentuam durante a TPM.

A escolha do tratamento vai de acordo com as queixas da paciente, as vezes é necessário prescrever anti-inflamatórios ou tratamentos hormonais, por isso é muito importante consular um ginecologista para obter maior sucesso no controle dos sintomas da TPM.

Maternidade tardia aumenta procura por congelamento de óvulos

Priorizar o lado profissional, buscar estabilidade financeira antes de formar uma família, falta de parceiro ideal e graves problemas de saúde, como câncer, que necessitam de tratamento imediato são algumas condições que têm levado as mulheres a adiar a maternidade.

Biologicamente falando o melhor momento para uma gravidez está por volta dos 18 e 30 anos. Entretanto, aquelas que têm mais de 35 anos também podem ser mães, só lembrando que a dificuldade para que isso aconteça pode ocorrer, já que a possibilidade de engravidar a cada ciclo é de 20% para mulheres com 30 anos, aos 40 anos, as chances diminuem para apenas 5%.

E como consequência desses fatores, tem crescido a procura por congelamento de óvulos nas clínicas de reprodução humana. Segundo o Sistema Nacional de Produção de Embriões, o SisEmbrio, em 2017, 75.557 embriões foram congelados no Brasil, um aumento de 13% em relação ao ano de 2016, quando 66.597 embriões foram congelados.

O congelamento de óvulos é um procedimento capaz de manter por vários anos os óvulos, conservando suas propriedades intactas. Depois de um período indeterminado, quando a mulher decide engravidar, os óvulos são descongelados, fertilizados em laboratório e os embriões formados transferidos para o útero.

Caso a paciente esteja pensando em partir para esse procedimento, o ideal é que primeiro essa ideia seja conversada com seu médico ginecologista. Ele poderá avaliar junto com você por meio de histórico de vida e exames se a técnica é realmente necessária ou viável para o caso.