Recentemente, foi anunciada pela Kensington Palace, residência oficial do casal, que a duquesa de Cambridge e esposa do príncipe William da Inglaterra, Kate Middleton, está grávida do seu terceiro filho. Foi divulgado que a futura mamãe precisou cancelar seus compromissos, pois está sofrendo de hiperêmese gravídica, uma situação em que a gestante sofre com vários episódios intensos de vômitos, náuseas ou tonturas que provocam desidratação, perda de peso e carência nutricional.
“No primeiro trimestre, a partir de cinco a seis semanas de gestação o quadro começa e, na maioria dos casos, dura em torno da 14ª a 16ª semanas. Em algumas exceções, as mulheres podem sofrer de hiperêmese gravídica a gestação toda. Ela tem forte relação etiológica com a elevação do BHCG, pode estar relacionada com a presença de corpo estranho (o feto agiria no organismo da mulher como um antígeno) ou uma terceira causa muito aceita: a psicogênica”, explica a obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler.
Para aliviar os sintomas durante a gestação, os medicamentos antieméticos são recomendados desde o primeiro trimestre. É orientado também que a grávida tenha uma alimentação mais leve e abuse de alimentos gelados, pois ele irrita menos a parede gástrica. Líquidos como água de coco e isotônicos também são indicados, pois são ricos em eletrólitos que ajudam a controlar a desidratação. Em casos mais severos, às vezes há a necessidade de internação.
Já para as mulheres que estão tentando engravidar, existem alguns cuidados para que não sofram ou diminuam os sintomas da hiperêmese gravídica. “Aconselhamos a fazer atividade física, tentar se afastar de situações estressantes. Fazer um bom planejamento da gestação. Manter-se sempre hidratada e quando estiver grávida não forçar alimentos que não esteja a fim de comer. Diminuir também o uso de perfumes e hidratantes, que podem estimulam a náusea. Por último, acupuntura, yoga e psicoterapia também ajudam a melhorar o quadro de hiperêmese gravídica”, finaliza a obstetra.