Conhecido popularmente como DIU, o Dispositivo Intrauterino é um método contraceptivo feito de plástico flexível em forma de “T” e que é introduzido no útero pelo ginecologista. Atualmente, o mercado disponibiliza dois tipos: um com progesterona, que suspende a menstruação, e outro com cobre, que utiliza espermicida (mata espermatozoides).
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou a ampliação do acesso ao Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, já distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas maternidades e hospitais do Brasil. Por isso, a ginecologista e obstetra de São Paulo, Dra Maria Elisa Noriler, explica alguns mitos e verdades sobre esse método. Confira:
O DIU pode atrapalhar a relação sexual. Mito! Ele possui um fio bem fino, que ajuda na hora de sua retirada, mas este item não atrapalha em nada na hora da penetração e também não prejudica a sensação de prazer da mulher.
Mulheres que ainda não tiveram filhos podem usar o DIU. Verdade! A mulher que nunca teve filhos pode sim usar o DIU, mas o recomendado é consultar o médico ginecologista.
Há uma faixa etária ideal para o uso do DIU. Mito! Não existe idade certa para a implantação, desde que a mulher tenha recebido aconselhamento adequado sobre o uso.
Dói para colocar o DIU. Mito! A maioria das pacientes sente apenas um leve desconforto, como cólica menstrual, no momento da implantação.
Dispositivo Intrauterino pode ser usado na fase de amamentação. Verdade! Ele pode ser usado sem preocupações por aquelas que estão amamentando, porém, o DIU com progesterona só deve ser colocado seis semanas
após o parto e o sem hormônio pode ser inserido antes disso.
O DIU é abortivo. Mito! Não há motivos para essa associação, já que este é um método contraceptivo que impossibilita a junção do óvulo com o espermatozoide. Ou seja, o DIU atua muito antes do processo de fecundação.
Pode prejudicar a fertilidade da mulher. Mito! O retorno da fertilidade feminina acontece em um curto período de tempo, mesmo após uso prolongado do método.
Uso do DIU requer outro método adicional. Verdade! O aconselhável é que a mulher não pare de usar o preservativo feminino ou masculino na hora da relação sexual, já que o DIU não garante proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Esse método possui contra-indicações. Verdade! Ele não deve ser a opção de mulheres que apresentem alguns tipos de má formação uterina ou que tenham manifestado infecções uterinas recentemente, além de mulheres virgens.