São Paulo, 31 de março – Assim como as mulheres, os homens também podem portar o vírus do HPV (papiloma vírus humano) e não ter quaisquer sintomas. Porém, há mais de cem tipos diferentes, dos quais,alguns podem causar verrugas na pele e mucosas, além de tumores malignos no pênis, ânus ou garganta.

 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 50% da população mundial masculina tenha o vírus. “Muitos não sabem que têm, ele pode não se manifestar e não desenvolver nenhuma lesão. Porém, é sempre necessário que seja feito sexo com preservativo e que exista uma rotina periódica de exames nos homens”, alerta a ginecologista Maria Elisa Noriler.

A faixa etária com maior índice da doença é dos 20 aos 40 anos, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos ou laboratoriais, tais como Captura Híbrida para HPV que pode detectar 18 subtipos do vírus.

O tratamento varia de acordo com os sintomas. “Existem tratamentos locais com cremes, cauterização química, criocauterização, laser e até procedimentos cirúrgicos dependendo do grau de extensão da lesão”, explica Elisa.

Para os homens também há vacina contra o HPV. Existem duas no mercado: uma bivalente, contra os subtipos 16 e 18 (principais causadores de câncer), e a outra vacina quadrivalente, contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 (subtipos 06 e 11 são os principais causadores de lesões verrucosas). Segundo a ginecologista, há cura, “desde que o paciente mantenha o sistema imunológico em equilíbrio”.

Sobre a especialista:

Dra. Maria Elisa Noriler é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010 e também médica plantonista de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santa Joana e da Maternidade Pró Matre de São Paulo.